Localizada ao sul de Puerto Madryn, a reserva de Punta Tombo é uma das principais atrações da região, já que é nela onde se encontra a maior colônia de pinguins de Magalhães do Continente Sul-Americano.
É uma área Protegida, de mais de 200 hectares com praias suaves e rochas em sua península, e nas praias das imediações, se concentram mais de 200 mil casais de Pinguins de Magalhães que chegam a cada mês de setembro para aninhar, acasalar-se e ter seus filhotes, para depois empreender sua viagem de regresso às costas da América do Sul.
Além do mais, Punta Tombo é o lugar escolhido por outras aves marinhas para aninhar. As gaivotas cozinheiras, os skuas, os salteadores, o cormorão real e o de pescoço preto, o pato vapor, pombas antárticas, várias espécies de gaivotinhas e petreis gigantes são algumas das aves que também podem admirar.
Este imponente lugar se encontra cuidado por guardas-fauna especializados, e os visitantes podem fazer uma parada nas suas lanchonetes e dispôr dos serviços sanitários.
O pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) é um pinguim sul-americano característico de águas temperadas. A espécie habita as zonas costeiras da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas (ou Falkland Islands, em inglês, o idioma falado pelos habitantes desta ilha), migrando por vezes até ao Brasil no Oceano Atlântico ou até ao Peru, no caso das populações do Oceano Pacífico. Estes animais são classificados no género Spheniscus juntamente com o pinguim-das-galápagos e o pinguim-de-humboldt.
O pinguim-de-magalhães é uma ave de médio porte, com cerca de 70 centímetros de comprimento e 5 a 6 kg de peso. A sua plumagem é negra nas costas e asas e branca na zona ventral e no pescoço. A maior parte dos exemplares tem na cabeça uma risca branca, que passa por cima das sobrancelhas, contorna as orelhas e se une no pescoço, e uma risca negra e fina na barriga em forma de ferradura. Os olhos, bico e patas são negros.
Como todos os membros da sua ordem, o pinguim-de-magalhães alimenta-se no mar, à base de peixe, lulas, krill e outros crustáceos. Eles saem para caçar em pequenos bandos de 5 a 10 elementos e podem mergulhar até aos 90 metros de profundidade.
O pinguim-de-magalhães vive e reproduz-se em colónias muito populosas que partilham com outras espécies de pinguim, em particular com o pinguim-saltador-da-rocha nas Ilhas Malvinas. As aves são bastante fiéis a estes locais e há colónias na Argentina com mais de cem anos de história de ocupação. Durante a época de reprodução, que vai de Setembro a Fevereiro, os pinguins-de-magalhães formam casais monogâmicos que partilham a incubação e cuidados parentais. Os ninhos são construídos no chão à superfície ou em pequenas tocas. A fêmea põe dois ovos brancos que levam entre 39 a 42 dias a incubar. As crias são alimentadas por ambos os pais durante os dois meses seguintes, tornando-se independentes logo de seguida.
As populações de pinguim-de-magalhães sofreram um decréscimo de 20% ao longo das duas últimas décadas, em especial nas Malvinas, mas apesar disso o IUCN classifica a espécime como tendo um baixo risco de extinção.
FELIZ NATAL......
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